Sr.IF365

      Confesso que sou um péssimo exemplo para a comunidade FIRE (Financial Independence & Retire Early) uma vez que simplesmente não tenho um orçamento. Mas nem por isso subestimo o poder de anotar TODOS os meus gastos mensais.    Esse mês faz exatamente um ano que passei a computar cada gasto em um aplicativo no meu celular, a princípio foi por diversão e curiosidade em saber para onde ía o dinheiro. Mas conforme o “quadro foi sendo pintado” comecei a ter uma visão mais detalhada de como conduzo minha vida financeira. Me surpreendi em saber o quanto gasto com comida em geral tanto supermercado como restaurantes, identifiquei  como é caro sair de férias e ainda como felizmente combustível pesa pouco no orçamento quando se mora no Oriente Médio.   Acredito que anotar gastos seja tão ou mais importante que ter um orçamento quando se busca IF, uma vez sabendo qual seu custo de vida é possível determinar qual a renda passiva necessária para atingir Independência Financeira e final

   Fim de mais um mês chegando e é hora de apurar as despesas e os rendimentos (seja via renda ativa ou renda passiva), apesar de não ter uma orçamento propriamente dito anoto todos os meus gastos, desde um café na esquina até a compra de um carro. Procuro não deixar escapar nada, dessa forma tenho uma boa ideia para onde vai o meu dinheiro. Sempre que fecho um mês me espanto como é fácil gastar mais do que se deve em algumas coisas e como pequenos gastos se acumulam ao longo do mês a ponto de se tornarem significativos quando se busca IF. Não raro me pego pensando em maneiras de cortar certos gastos principalmente os supérfluos e chego a seguinte conclusão, alguns gastos quando cortados podem ser classificados como GANHO/GANHO e outros como GANHO/PERDA.    É comum as pessoas sempre associarem corte de gastos com algo negativo e consequentemente com perdas, seja de qualidade de vida mas também perda com conforto ou mesmo satisfação pessoal. Cito como exemplo, se eu decidir parar

   Um bem material que é caro para mim pode ser barato para você, e não digo isso porque você tem muito dinheiro e eu não. Quando avaliamos se algo é caro ou barato temos que ir muito além de simplesmente avaliar o preço final do produto, eu particularmente me baseio em duas perguntas simples cada vez que considero comprar algo que irá impactar no meu orçamento e consequentemente na minha IF:   1) O quê eu vou poder fazer com essa “coisa” que eu não consigo fazer hoje?   2) Com qual frequência eu vou utilizar essa “coisa” no meu dia a dia?  Através dessas duas perguntas eu avalio se o bem que prendo gastar meu suado dinheirinho é caro ou não, note que não utilizei o termo “está caro” pois não acredito em promoções, devemos comprar coisas por necessidade ou simplesmente satisfação pessoal e não porque o comércio nos empurra goela abaixo promoções e descontos “imperdíveis”.   As quatro respostas possíveis para as perguntas acima são:    A) BARATO: Poderei fazer muitas coisas qu

   Não existe nada mais comum que imaginar uma pessoa atingindo a IF e desfrutando dos mais diversos bens materiais que todo aquele dinheiro no banco pode comprar. Esse é o raciocínio de alguém que não entende o que é FIRE (Independência Financeira & Aposentadoria Antecipada) e não descobriu ainda qual é o bem mais precioso que o dinheiro pode comprar, estou falando da liberdade. Liberdade de trabalhar quando quiser, onde quiser e principalmente se quiser.   Lógico que ter uma soma considerável de dinheiro no banco também permite comprar além da liberdade alguns bens de consumo, porém ao invés de ficar pensando no que pretendo ter quando começar a viver a IF prefiro pensar nos bens que NÃO terei ou que já tenho e pretendo me desfazer. Criei uma lista com 5 itens que de uma forma ou outra passei à abominar em minha vida, seja porque criam gastos desnecessários ou porque são símbolos da vida que levo hoje, são eles:    1- Telefone fixo    Achou que isso nem mais existia, né

   Se você não trabalhar nos seus próprios sonhos, alguém irá contrata-lo para trabalhar nos dele...

   Quando converso com familiares ou amigos próximos e deixo escapar que em pouco mais de um ano pretendo me “aposentar”, a resposta mais comum que ouço depois de “você está louco” é “VOCÊ NÃO VAI AGUENTAR, MORRERÁ DE TÉDIO”. Confesso que realmente lá no fundo bate sim um certo receio de eles estarem certos, afinal depois de 22 anos vivendo como um workaholic (contra a minha vontade) fica difícil imaginar a minha vida não sendo mais escravo do despertador, ao mesmo tempo que sonho com essa liberdade às vezes o medo é real e domina a mente. Na verdade o meu maior medo é “chegar lá”, começar a desfrutar da FIRE (Independência Financeira e Aposentadoria Antecipada) e descobrir que não sou feliz. Isso já aconteceu antes quando atingi e superei meus objetivos profissionais, imaginava que quando chegasse onde estou teria a vida perfeita, porém depois da “lua de mel” no novo cargo a realidade tomou conta e hoje me sinto mais miserável do que nunca em termos de satisfação profissional. Gosto d

   Para quem não sabe “FY Money” é aquela quantia de dinheiro que lhe permite literalmente “ligar o foda-se” no trabalho. Ou seja, você possui o suficiente para viver sem depender de um emprego que odeia, não te dá mais prazer ou então gerido por pessoas abomináveis que consequentemente tornam a sua vida profissional um inferno. Se identificou com a descrição acima? Pois bem, você não está sozinho!    Imagino que assim como eu você suporta tudo isso porque precisa do dinheiro, seja porque talvez deixou seu estilo de vida inflacionar ou então porque está em busca da independência financeira a curto e médio prazo.    Para alguns “FY Money” é uma quantia grande de dinheiro no banco, já para outros é ter uma renda passiva constante e que supre suas necessidades básicas mensais, seja qual for seu objetivo final relativo à independência financeira e aposentadoria antecipada obrigatoriamente um dia você se dará conta que já possui o suficiente para “ligar o foda-se”. Mas isso ajuda o

      Como já comentei anteriormente, ao longo do tempo fui fazendo ajustes nos planos para FIRE (Independência Financeira e Aposentadoria Antecipada) de forma a reduzir o meu tempo de exposição as condições insalubres de trabalho  e estilo de vida que venho levando nos últimos quase 5 anos (na verdade exerço essa profissão desgastante a 22 anos). Se por um lado fiz de tudo para aumentar minha renda e acumular mais patrimônio, também comecei a fazer concessões  no tocante à minha vida após deixar o emprego.    Quando comecei a trilhar o caminho da IF sonhava em morar nos EUA, Canadá ou Europa. Porém conforme fui reduzindo o tempo que estou disposto a trabalhar (pensava em me aposentar aos 46 anos e hoje quero parar aos 41) e vendo as taxas de juros brasileiras minguarem a projeção da renda passiva gerada pelos meus investimentos despencaram, como não existe milagre no mundo das finanças fui obrigado a também reduzir as expectativas “pós IF” e planejar uma vida mais simples e b

      Como dizem por aí, o único dia melhor do que sexta-feira é o dia de pagamento do salário. E pra mim dia de pagamento “só” acontece duas vezes por ano… calma que eu já explico.     Minha estratégia de IF compreende investir 53% do meus ativos em títulos do Tesouro Nacional, mais precisamente IPCA 2050 que pagam cupons semestrais. Dessa forma nos meses de Fevereiro e Agosto recebendo o pagamento de cupons diretamente na conta da minha corretora, como ainda falta 1 ano, 3 meses e 16 horas para a começar a viver a IF vou reaplicar tudo hoje mesmo. Porém após a minha “aposentadoria antecipada” os cupons irão compor mais da metade da minha renda mensal, para isso pego o valor líquido e divido por 6, assim sei o quanto poderei gastar nos próximos seis meses. A outra metade do salário virá dos dividendos dos Fundos Imobiliários que compõe 33% da minha carteira, esses sim são pagos mensalmente.   Complementando a renda passiva recebo dividendos das ações do setor bancário que

   Ainda faltam 457 dias para minha IF?!?! Está mais parecendo o filme Feitiço do Tempo estrelado por Bill Murray onde ele é um arrogante homem do tempo na TV que é enviado contra a vontade a uma festa tradicional em um cidadezinha. Ele e a equipe são obrigados a passar a noite lá, mas quando ele acorda, o dia anterior se repete indefinidamente, até que ele aprenda a se relacionar com as pessoas.    A diferença para o filme é que moro no calor do deserto e sinto que cada dia que levanto para trabalhar é como se fosse o dia da minha execução no "corredor da morte". Juro que me pergunto se vou aguentar o suficiente para aproveitar a minha IF, essa semana fui forçado a ir ao médico devido uma dor no estômago que já dura mais de um mês, exames iniciais dizem que eu não tenho nada mas como não melhorar terei que fazer uma tomografia. Vamos esperar, como disse antes não falta muito para eu ter um piripaque mais sério devido ao stress... não precisa ser médico para saber disso.

   Basta pesquisar no Google por “Independência Financeira” e você vai ver a quantidade de sites, canais de YouTube, blogs e Instagram que irão aparecer sobre esse assunto. Fico impressionado com o número de especialistas que apareceram do dia para a noite ensinando como chegar na IF, primeiro milhão, aposentadoria cedo, etc. Porém cada vez que me deparo com um desses sites a primeira coisa que procuro saber é se essa pessoa em questão já é IF, já tem o primeiro milhão ou se já se aposentou cedo. E a resposta em 99% dos casos é NÃO.     A verdade é que assim como nos EUA a busca pela IF virou um negócio tão lucrativo quanto livros para emagrecer, torna-se irresistível para as mulheres, parar de fumar, etc… ou seja, deixou de ser um assunto que deveria estar na seção de economia para ser encontrado na seção de auto-ajuda. E como a maioria esmagadora dos autores de auto-ajuda, o objetivo final parece ser o de “se auto-ajudar” a vende os livros, cursos e planilhas ao invés de ajudar o l

   Se arrependimento matasse eu já estaria morto! É assim que eu me sinto quando relembro quais foram os maiores erros financeiros que cometi no início da minha carreira profissional.    Por escolher uma profissão pouco comum e muito especializada sempre tive o privilégio de ganhar razoavelmente bem desde o meu primeiro emprego com carteira assinada. Infelizmente já não posso dizer o mesmo sobre a minha maturidade, demorou muito para a ficha cair e eu me tocar que esse privilégio me permitiria aposentar cedo. Na verdade tenho a certeza de que eu já poderia estar aposentado caso não tivesse cometido três erros básicos que me distanciaram no mínimo cinco anos da minha FIRE (Financial Independence Retire Early).    Erro #3 - Casar cedo    Como todo jovem nascido nos anos 70 achei que a vida se resumia a crescer, estudar, trabalhar, casar, ter filhos e aposentar quando velho. E foi justamente isso que eu fiz, seguindo firme na “corrida dos ratos” me casei super cedo e com a pes

      Minha carteira de ações se resume aos grandes bancos brasileiros, e como sempre eles nunca decepcionam. Faça chuva ou faça sol estão sempre lucrando...   

   Uma vez ou outra eu tenho um excelente dia no trabalho, o que me força a pensar "até que a vida na corrida dos ratos não é tão ruim", e hoje foi um deles. Na verdade meu trabalho me força a viajar constantemente e quando chego ao meu destino, no quarto de um bom hotel, com tudo pago, uma boa refeição e uma cidade nova para explorar no tempo livre a idéia de que talvez eu consiga continuar exercendo essa profissão que passei a odiar paira sobre os meus pensamentos.    Mas refletindo um pouco chego à conclusão que o dia só foi bom porque curti um bom hotel, não trabalhei e apenas me preocupei em explorar o novo destino, amanhã é dia de acordar cedo e pegar no batente, tenho certeza que o choque de realidade me fará esquecer a ideia maluca de continuar participando da "corrida dos ratos".

   Interessante como as pessoas à sua volta dizem para deixar de fumar porque isso irá te matar, porém nunca irão lhe dizer para largar um emprego que também está te matando...

   Eu sei, eu sei meu caro leitor... prometi que meu primeiro post seria a exatamente 365 dias antes da minha aposentadoria, mas se tem uma coisa que eu aprendi em busca da IF (independência financeira) é que planos mudam e quanto menos flexível nossos planos forem, mais teremos que trabalhar para atingir a IF.    Quando decidi vir trabalhar no exterior com o objetivo de fazer meu "pé de meia" tinha planos de ficar 10 anos na minha atual empresa. Os primeiros dois anos foram fantásticos, estava deslumbrado com tudo a minha volta! Porém no terceiro ano a "lua de mel" foi acabando, a cultura da empresa e a cultura local (muçulmana) começou a me dar nos nervos. Passei a enxergar tudo de maneira pessimista, certamente as condições de trabalho pioraram bastante, porém tenho certeza que a minha visão é a grande responsável pela minha decisão de reduzir a estadia para 8 anos. No quarto ano minha insatisfação parece que tomou forma física, meu nível de ansiedade para deix