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Mostrando postagens de novembro, 2018

Como conquistar a independência financeira…

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   Posso afirmar categoricamente que durante a maior parte da minha vida eu nunca fui bom para lidar com dinheiro, achava que para ser considerado uma pessoa “boa de dinheiro” bastava não se endividar, ou seja tudo que ganhava eu acabava gastando e desde que não gastasse mais doque recebesse estaria tudo certo. E olhando à minha volta acredito que isso ainda seja considerado o normal hoje em dia, a maioria absoluta das pessoas que conheço acham aceitável gastar tudo que ganham pois no mês que vem entrará outro salário, na verdade já fazem parcelamento de compras contando com o dinheiro que cairá na conta nos meses seguintes.    E foi justamente assim que eu vivi a maior parte da minha vida, conforme já relatei anteriormente a primeira coisa que eu fiz quando consegui meu primeiro emprego na aviação foi comprar uma bela S-10 preta zerinha, obviamente parcelada (como eu disse no começo do post eu nunca fui bom para lidar com dinheiro). Apesar de sempre ter pago minhas dívida

A culpa por faltar ao trabalho…

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   Desde o final das minhas pequenas férias na semana passada ainda não consegui retornar ao trabalho, tudo por conta de uma gripe que peguei as vésperas de voltar ao batente. Não pego gripes com frequência mas quando acontece é pra valer, geralmente vem acompanhada de todos os opcionais (dor de garganta, febre, calafrios, tosse, etc...). Dessa vez não foi tão forte mas o suficiente para me tirar à força da rotina de trabalho, e justamente por isso quero escrever sobre uma coisa engraçada que acontece comigo e que talvez seja mais comum doque eu possa imaginar, a culpa por faltar ao trabalho.    Durante toda a minha carreira sempre fui obstinado por crescimento profissional, e justamente por isso durante esses mais de 20 anos eu fiz de tudo para manter minha ficha limpa junto às empresas em que trabalhei, isso incluiu obviamente não faltar ao trabalho com frequência. Por isso, mesmo estando verdadeiramente doente eu já fiz mais de uma vez a besteira de me arrastar para uma jorn

Hora de investir no mercado americano…

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   Conforme a IF se aproxima já começa a mudar meu comportamento como investidor onde o objetivo até então era simplesmente acumular o máximo de patrimônio possível para gerar o máximo de renda passiva. Com o objetivo de renda passiva atingido e sem a possibilidade de continuar fazendo os aportes mensais monstruosos a partir de fevereiro quando deixarei meu emprego, o desafio agora é garantir a perpetuidade da Independência Financeira através do controle dos gastos e principalmente gerenciando os riscos, chegou finalmente a hora de colocar em prática o meu plano de diversificação no exterior, já tinha falado um pouco sobre esse assunto no post “Como pretendo investir após a IF” mas agora é pra valer e todo cuidado é pouco.    Uma das perguntas que respondo com certa frequência aqui no blog é a respeito dos motivos que me levaram à investir praticamente todo o meu patrimônio no Brasil mesmo tendo planos de morar fora após a IF, ainda mais quando recebo salário em dólares. A resp

Visto para morar em Bali...

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   Sabe aquele sonho romântico de atingir a IF e depois virar um cidadão do mundo morando um tempo nos mais diversos cantos do planeta sem as amarras do trabalho para atrapalhar? Pois é, eu também tenho esse sonho… Não sei porque mas parece que hoje em dia para ser realmente considerado FIRE a pessoa tem que ter um blog e querer viajar o mundo!rs Mas é só na hora de colocar em prática esse plano é que a gente cai na real que as coisas não são tão simples quanto parecem, no meio de tantas coisas que eu tenho que preparar antes de deixar o deserto tem uma que anda me tirando o sono, o bendito visto para morar em Bali.    A gente acha que uma vez que se livrou das obrigações do trabalho tudo fica fácil, e que tendo uma quantia confortável de dinheiro você será bem-vindo em qualquer lugar do mundo. O problema é que existe uma contradição na afirmação acima, uma vez que você acumulou uma quantia expressiva de patrimônio e deixou seu emprego, fica extremamente difícil convencer a emb

Tempo “perdido”…

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   Andei meio sumido do blog essa semana pois tirei alguns dias para ir visitar a família da minha mulher em Jakarta na Indonésia, o plano inicial era ir ver os meus pais em Portugal mas acho que já fui muito egoísta durante esse ano todo e nada mais justo do que usar uma das nossas férias para visitar os parentes dela também. Foi uma viagem curta mas intensa, Jakarta lembra muito São Paulo e toda aquela loucura do trânsito, shoppings e restaurantes… gasta-se praticamente um dia inteiro só para fazer uma única coisa do outro lado da cidade. Os pontos altos da viagem foram a culinária local, o filme do Freddie Mercury que fomos assistir e a imersão na língua local que eu ainda estou muito longe de aprender. Mas não é exatamente da viagem que eu quero falar hoje e sim sobre uma característica do estilo de vida FIRE que o Mad Fientist uma vez comentou no podcast dele e que eu pude experimentar em primeira mão, trata-se da falta de pressa para se fazer as coisas quando o tempo não mais é e

Eu tenho muita tranqueira...

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   Apesar de ainda continuar na rotina normal do trabalho eu tenho me sentido tão leve ultimamente que nem pareço mais a mesma pessoa de antes, na verdade eu nem penso mais nas duras noites de trabalho que ainda tenho que enfrentar até o fim do meu contrato e minha atenção está toda voltada para a logística da mudança de país. Mesmo com toda essa tranquilidade aparente tem um detalhe que está me tirando o sono, eu tenho muita coisa! Acho que a gente só se dá conta de quanta “porcaria” acumulou na vida quando tem que fazer uma mudança…        Não sou consumista, na verdade acho que não comprei quase nada depois que saí do Brasil, mas acho que quando me mudei para cá trouxe 5 malas cheias de "tranqueiras", pensando que iria passar o resto da minha vida aqui eu levei comigo desde roupas até panelas que tinha no Brasil (até que foi uma boa ideia fazer isso pois praticamente não tive comprar nada por aqui). Mas agora é diferente, estou de mudança para Bali não com o intui

Decisões FIRE e não FIRE…

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   Com a minha transição para a aposentadoria antecipada se aproximando é praticamente impossível não fazer um pequeno balanço pessoal da trajetória até aqui, por coincidência na semana em que enviei o pedido de demissão meu melhor amigo que também é piloto e mora aqui em Dubai me convidou logo cedo para fazer um passeio no barco novo que ele tinha acabado de comprar em sociedade com outros colegas. Não pude ir ao passei porque tinha que trabalhar mas também não pude deixar de refletir à respeito de como na vida tudo é uma questão de escolha, esse é o mesmo amigo que comentou que se pudesse faria o mesmo que eu, porém a filosofia de vida dele é bem diferente da minha, vive bem o hoje ao invés de postergar para amanhã. Me recuso a critica-lo pois não existe o certo nem o errado, ele vive muito bem, aproveita o melhor que a vida pode oferecer e tem uma família maravilhosa.    A Paula Pant no podcast dela “ Afford Anything ” resume bem o assunto com a frase que ela utiliza para abrir t

A reação dos amigos ao meu pedido de demissão…

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   Acho que desde que entrei na empresa eu falo para os meus amigos que irei deixá-la um dia, no começo até eu pensava que era brincadeira e fazia planos para só daqui a 10 ou 15 anos quem sabe, mas conforme o tempo foi passando e meu amor pelo trabalho esfriando a ideia de realmente largar tudo foi esquentando. Passei a poupar mais, fazer projeções e investir melhor, o resultado foi que 15 anos viram 5… ou se quiser ser mais preciso irão virar 5 anos e 4 dias. Mas por mais que meus amigos próximos me ouvissem constantemente dizer que um dia eu largaria isso tudo, acho que nenhum deles realmente acreditava que tal coisa iria acontecer de verdade. Sempre tentei puxar conversa sobre FIRE com as pessoal do meu círculo profissional de amizades mas até então nem ao menos uma delas foi receptiva à ideia de se aposentar cedo, então meio que deixei para lá e simplesmente dizia que um dia chutaria o balde de vez. E foi justamente isso que fiz naquele domingo que enviei meu pedido de demissão, c