Dolarizando meus títulos públicos brasileiros...
São 3 horas da manhã e escrevo esse post por conta da insônia que me atingiu após acender uma luz na minha cabeça, por mais que eu tente dormir sei que não vou conseguir enquanto não colocar essa ideia para fora. A coisa é bem simples, vender tudo que tenho aplicado em IPCA+ 2050 e comprar IVVB11 (ETF do SP500 negociado na bolsa brasileira) para então aplicar a regra dos 4%. Mas antes de você pular da cadeira deixa eu explicar com calma!rs
Minha última compra de títulos públicos IPCA+ 2050 foi em janeiro de 2018 totalizando um investimento de R$366.764,66 onde assegurei uma taxa média de IPCA+5,29%. Hoje graças a marcação a mercado esses títulos valem R$450.000,00 já descontados os impostos e geram uma renda em forma de cupons de R$1.395,83 "por mês" (os cupons são pagos semestralmente mas divido esse total por 6 para que a renda apareça de forma mais uniforme nos fechamentos mensais). Esse valor deve acompanhar a inflação oficial do país ao longo dos anos e compõe uma parte relativamente pequena da minha renda passiva total que gira em torno de 17 mil reais por mês em média.
Hoje esses R$450.000,00 representam aproximadamente 81 mil dólares caso vendesse todos os títulos e aplicasse tudo no IVVB11, "travando" assim esses recursos em dólares mesmo o ativo sendo negociado em reais. A partir daí a ideia seria aplicar a famosa regra da taxa segura de retirada de 4% que o nosso colega AA40 explica tão bem no post "A TSR - Taxa Segura de Retirada, ou regra dos 4%". Basicamente eu consideraria uma renda mensal de 267 dólares o equivalente a R$1.480,00 na data de hoje, ou seja estaria trocando 6 por meia dúzia em termos de renda passiva. Porém vale lembrar que tanto essa renda como o principal passam a ser indexados ao dólar.
Mas caso eu colocasse esse plano em prática qual seria o melhor momento para fazer isso? Eu diria que é absolutamente impossível prever. Estaria lidando com 3 variáveis de uma só vez, a cotação do dólar, a variação do índice SP500 e a marcação a mercado dos títulos públicos. Dessa forma seria o caso de fechar os olhos e "se jogar de cabeça"!rs
Apesar do plano parecer um pouco brusco demais é preciso levar em conta o restante da minha carteira e o que essa mudança viria a representar caso o dólar recuasse, provavelmente a renda sofreria um pequeno impacto mas que seria totalmente compensado pela renda em reais. (Na verdade mesmo depois que eu fizesse essa mudança torceria para o dólar cair já que meus planos são de morar fora do Brasil). Dessa maneira após "dolarizar" meus títulos públicos eu torceria tanto para que o dólar subisse aumentando minha renda e patrimônio no Brasil como também torceria para que ele caísse aumentando assim meu poder de compra no exterior.
Outro ponto importante é que essa mudança nada afetaria meus planos de continuar a investir no exterior, continuaria mandando o que sobrasse da minha renda para fora do país e aplicando diretamente na bolsa americana. Esse é um planejamento completamente a parte desse investimento em IVVB11.
Para terminar vale lembrar que IVVB11 retém todos os dividendos e os incorpora ao fundo, dessa forma eu nunca veria esse dinheiro em forma de renda como acontece com os FIIs, por isso ao aplicar a taxa segura de retirada eu apenas consideraria o valor em reais como renda, e porque meus gastos mensais nem de longe chegam perto do total da renda recebida eu não me veria obrigado a efetivamente vender cotas do IVVB11 para compor a renda oque geraria impostos. Seria uma renda virtual...
E aí, posso ir dormir? Viajei muito na maionese? Deixo para os especialistas analisarem essa ideia que em um primeiro momento pareceu sem pé nem cabeça mas que dada a conjuntura atual (SP500 em baixa e marcação a mercado em alta) faz um pouco de sentido.
Sr.IF
Minha última compra de títulos públicos IPCA+ 2050 foi em janeiro de 2018 totalizando um investimento de R$366.764,66 onde assegurei uma taxa média de IPCA+5,29%. Hoje graças a marcação a mercado esses títulos valem R$450.000,00 já descontados os impostos e geram uma renda em forma de cupons de R$1.395,83 "por mês" (os cupons são pagos semestralmente mas divido esse total por 6 para que a renda apareça de forma mais uniforme nos fechamentos mensais). Esse valor deve acompanhar a inflação oficial do país ao longo dos anos e compõe uma parte relativamente pequena da minha renda passiva total que gira em torno de 17 mil reais por mês em média.
Hoje esses R$450.000,00 representam aproximadamente 81 mil dólares caso vendesse todos os títulos e aplicasse tudo no IVVB11, "travando" assim esses recursos em dólares mesmo o ativo sendo negociado em reais. A partir daí a ideia seria aplicar a famosa regra da taxa segura de retirada de 4% que o nosso colega AA40 explica tão bem no post "A TSR - Taxa Segura de Retirada, ou regra dos 4%". Basicamente eu consideraria uma renda mensal de 267 dólares o equivalente a R$1.480,00 na data de hoje, ou seja estaria trocando 6 por meia dúzia em termos de renda passiva. Porém vale lembrar que tanto essa renda como o principal passam a ser indexados ao dólar.
Mas caso eu colocasse esse plano em prática qual seria o melhor momento para fazer isso? Eu diria que é absolutamente impossível prever. Estaria lidando com 3 variáveis de uma só vez, a cotação do dólar, a variação do índice SP500 e a marcação a mercado dos títulos públicos. Dessa forma seria o caso de fechar os olhos e "se jogar de cabeça"!rs
Apesar do plano parecer um pouco brusco demais é preciso levar em conta o restante da minha carteira e o que essa mudança viria a representar caso o dólar recuasse, provavelmente a renda sofreria um pequeno impacto mas que seria totalmente compensado pela renda em reais. (Na verdade mesmo depois que eu fizesse essa mudança torceria para o dólar cair já que meus planos são de morar fora do Brasil). Dessa maneira após "dolarizar" meus títulos públicos eu torceria tanto para que o dólar subisse aumentando minha renda e patrimônio no Brasil como também torceria para que ele caísse aumentando assim meu poder de compra no exterior.
Outro ponto importante é que essa mudança nada afetaria meus planos de continuar a investir no exterior, continuaria mandando o que sobrasse da minha renda para fora do país e aplicando diretamente na bolsa americana. Esse é um planejamento completamente a parte desse investimento em IVVB11.
Para terminar vale lembrar que IVVB11 retém todos os dividendos e os incorpora ao fundo, dessa forma eu nunca veria esse dinheiro em forma de renda como acontece com os FIIs, por isso ao aplicar a taxa segura de retirada eu apenas consideraria o valor em reais como renda, e porque meus gastos mensais nem de longe chegam perto do total da renda recebida eu não me veria obrigado a efetivamente vender cotas do IVVB11 para compor a renda oque geraria impostos. Seria uma renda virtual...
E aí, posso ir dormir? Viajei muito na maionese? Deixo para os especialistas analisarem essa ideia que em um primeiro momento pareceu sem pé nem cabeça mas que dada a conjuntura atual (SP500 em baixa e marcação a mercado em alta) faz um pouco de sentido.
Sr.IF